Sacos pretos, bolas de plásticos, papel e muita criatividade. Quem passasse pelo túnel construído pelos alunos da E. E. Juscelino Kubitschek de Oliveira, poderia encontrar os planetas, as estrelas o sol e curiosidades sobre os mistérios e as descobertas que envolvem o trabalho do astrônomo e do astronauta. “Existe muita coisa ainda que a gente ainda não sabe. Tudo o que está relacionado a descobertas me admira. O que vai acontecer?. Será que existe vida em outro planeta?”, questiona Amanda Cristina Pereira Santos, aluna do Ensino Médio e uma das pesquisadoras sobre os profissionais ligados à astronomia.

Estudante se veste de astronauta para falar sobre espaço
Sem precisar ir muito longe, ou até mesmo sair da escola, quem visitou a “Feira de Cultura – JK” no último sábado (26/09) pode conferir em 25 estandes o trabalho e as curiosidades dos mais variados profissionais do mercado, como o nutricionista, o dentista, o paleontólogo. “Há outras profissões, por exemplo, como os vendedores, cabeleireiros, que são atividades mais voltadas para a comunidade, para ter uma interação maior com ela”, pontua Daniela Martins, professora de Química.
O tema profissões é trabalhado pelos alunos e professores desde o início do ano. A Feira é a culminância do projeto. Em um dos estandes a atividade comentada foi a de um profissional pouco conhecido: o Espeleólogo. Se o nome assusta, a definição é simples. “É aquele que estuda as cavernas e as grutas”, conceitua Ivan Maulaz Silva, aluno do Ensino Médio.
Na era da informática, o profissional da Ciência da Computação também teve o seu espaço. Alunos e professores do 8º ano do Ensino Fundamental explicaram o perfil de quem exerce essa atividade dinâmica e globalizada. “Eu dividi a turma em grupos, sendo que cada grupo ficou responsável por uma pesquisa. Os alunos pesquisaram um pouco sobre a história da computação, como e onde surgiu”, comenta a professora de Língua Portuguesa, Mércia Marques de Araújo.

Visitantes lotaram a quadra da escola
Escola de Tempo Integral
A E. E. Juscelino Kubitschek de Oliveira, que tem 1383 alunos, participa de dois projetos da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais: “Escola Viva, Comunidade Ativa” e “Escola de Tempo Integral”. Os participantes do “Escola de Tempo Integral” mostraram no estande os profissionais que exercem atividades perigosas. “Geralmente a gente tem como profissão perigosa a do policial. Só que os próprios meninos falaram: mas, e o médico, na hora em que ele está operando? É um perigo ele ter a vida na mão dele. E também o motorista de táxi, que não sabe o passageiro que leva”, explica Ana Paula de Jesus Gonçalves, professora do “Escola de Tempo Integral”. O projeto atende 50 alunos em dois turnos.
Você está procurando emprego?
Se o leque de profissões é grande, por que não criar um estande com oferta de vagas? Pensando nisso, a turma de Janaína Batista da Silva disponibilizou, para alunos do Ensino Médio e visitantes da Feira de Cultura, um teste vocacional gratuito e indicações de vagas para estágio e emprego. “A gente fica sabendo muita coisa. Eu mesmo não sabia de tantas oportunidades que o jovem tem”, conta a estudante, com base na pesquisa que fez com a turma para a Feira.
Nesse mundo de dicas e curiosidades, quem visitou o evento não saiu desinformado. “Eu adorei, achei a feira muito organizada. Os alunos sabiam explicar direitinho. Eu aprendi sobre uma coisa que eu nem imaginava que existia, o torresmo de soja”, comenta Erci de Jesus dos Santos, mãe de uma aluna da escola, ao sair do estande da gastronomia.
Para a diretora Fátima Chalub, o tema das profissões veio para celebrar uma mudança de pensamento dos alunos da escola. “Antes a gente fazia uma faixa com nomes de três, quatro alunos aprovados no vestibular. No ano passado, eu fiz uma com 27. O crescimento foi enorme. Eles começam a perceber que também têm um lugar ao sol, que têm competência para isso, que vale a pena investir”, avalia.